A XVII edição da Feira de Marketing Social e Mídias Alternativas (Femas) foi realizada neste domingo (9/2), na Praça Doutor Augusto Silva, no centro de Lavras. A feira ocorre semestralmente desde 2015, e surgiu como uma iniciativa extensionista da disciplina Marketing Público, do curso de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (DAP/UFLA); posteriormente, foi ampliada para a participação de outros cursos da Instituição.

O principal objetivo da feira é promover, na prática, a indução da mudança introspectiva no indivíduo, aplicando o conceito de Marketing de Causas Sociais na comunidade de Lavras, por meio de mídias alternativas. “A proposta é conscientizar a sociedade sobre a importância da transformação de certos comportamentos, estimulando um ciclo virtuoso no qual as pessoas se reconheçam como coprodutoras do bem público, ou seja, corresponsáveis pela gestão do próprio município”, explica o professor do Departamento de Administração Pública (DAP) Denis Renato de Oliveira, coordenador do projeto de extensão.

Neste semestre, a Femas tem como tema os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS). A escolha partiu dos estudantes de Administração Pública e Sistemas de Informação, em razão do evento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável, que será sediado no Brasil em 2030. Cada grupo selecionou um ODS para apresentar na feira; os escolhidos foram: 

• Objetivo 3 – Saúde e Bem-Estar: garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todas as pessoas, em todas as idades.
• Objetivo 7 – Energia Limpa e Acessível: assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e acessível à energia para todos.
• Objetivo 12 – Consumo e Produção Responsáveis: promover padrões sustentáveis de produção e consumo.
• Objetivo 15 – Vida Terrestre: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, além de gerir florestas de forma sustentável, combater a desertificação, reverter a degradação do solo e frear a perda de biodiversidade.

Nas primeiras edições, a Femas era realizada dentro do câmpus universitário. Com o objetivo de ampliar a interação com a sociedade, a feira passou a ocorrer na praça central da cidade. Para a professora Luiza Amalia Soares Franklin, atual responsável pela disciplina de Marketing Social (DAP/UFLA), essa mudança representa uma oportunidade valiosa para os estudantes se conectarem com a comunidade. “Estamos saindo da sala de aula para lidar diretamente com as pessoas, o que permite aos estudantes desenvolverem habilidades essenciais para o trabalho futuro com o público”, destaca.

Para os visitantes, a experiência na feira foi bastante positiva, como destaca o profissional de Educação Física, Caio Fabri Virgílio. “Acho sempre interessante quando a Universidade compartilha com a sociedade as informações obtidas por meio de pesquisas e estudos. Afinal, as universidades são o berço do conhecimento, e essas exposições na praça nos permitem ter acesso ao trabalho que vem sendo desenvolvido por elas”, afirmou.

Clique na imagem abaixo e confira a galeria de fotos do evento, 

A Faculdade de Zootecnia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (FZMV/UFLA) recebe, entre os dias 19/8 e 30/8, propostas de pessoas físicas ou jurídicas interessadas em ceder, em regime de comodato, animais bovinos para viabilizar a execução de dois experimentos vinculados ao projeto de pesquisa intitulado “Bases nutricionais e fisiológicas para otimização do aproveitamento de animais de origem leiteira para produção de carne em Minas Gerais”.

A demanda é por 125 animais, compreendidos em quatro grupos: animais cruzados de leite, animais Nelore x Angus, animais zebuínos de linhagem comercial da raça Nelore e novilhas mestiças oriundas de cruzamento Holandês x Zebu.

O comodato será formalizado por meio de contrato. As propostas devem ser encaminhadas, de forma digital, para o e-mail direcao.fzmv@ufla.br. A documentação necessária, bem como outros critérios para a participação no processo seletivo de chamamento público, podem ser conferidas no

Nessa terça-feira (16/7), teve início, no Salão de Convenções da Universidade Federal de Lavras (UFLA), um dos maiores eventos de nutrição de suínos do Brasil: o Simpósio Mineiro de Suinocultura (SIMIS), que tem como tema este ano “Nutrição e Microbiota na Suinocultura: do micro ao macro”.

A cerimônia de abertura foi presidida pelo coordenador do Núcleo de Estudo em Suinocultura (NESUI), professor Vinícius Cantarelli. O evento é uma iniciativa dos estudantes e pesquisadores do núcleo, vinculado à Faculdade de Zootecnia e Medicina Veterinária, e conta com grandes nomes da suinocultura brasileira e estrangeira, como os pesquisadores Cesar Garbossa (Universidade de São Paulo), Matheus Costa (University of Saskatchewan) e Andres Gomez (University of Minnesota).

O SIMIS é uma oportunidade de compartilhar experiências no setor e fazer networking com os principais especialistas no assunto. O evento ocorre até o dia 18/7.

Texto: Ivan José Ferreira Silva - Bolsista FAPEMIG / Revisão: Gláucia Mendes - Jornalista DCOM

No Junho Verde, mês dedicado à conscientização sobre a importância da preservação dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos, o Frequência ������Ƶrecebe o professor Júlio Louzada, do Instituto de Ciências Naturais (ICN), para falar de suas pesquisas realizadas na Amazônia e o papel dos insetos no equilíbrio ecológico. A entrevista completa está disponível no .

A Faculdade de Zootecnia e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras (FZMV/UFLA) recebe, até o dia 20/6, propostas de pessoas físicas ou jurídicas interessadas em ceder, em regime de comodato, animais zebuínos de linhagem comercial da raça Nelore, para viabilizar a execução de projeto de pesquisa sobre controle de doenças e sustentabilidade na bovinocultura.

O comodato será formalizado por meio de contrato, e seu prazo de vigência será de 12 meses, a contar da assinatura do documento. A demanda é de 100 fêmeas não vacinadas contra brucelose bovina, com idade de 6 a 7 meses e peso entre 180 e 210kg. Os animais serão recebidos em duas etapas: 60 até julho de 2024 e 40 até outubro de 2024.

 As propostas devem ser encaminhadas para o e-mail direcao.fzmv@ufla.br até 20/6. A documentação necessária, bem como outros critérios para a participação no processo seletivo de chamamento público, podem ser conferidas no .

Ao longo das 27 edições da Expocafé, a tradicional feira da cafeicultura brasileira, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) esteve presente em todos os eventos, desde sua idealização, em 1998. Nesta semana, de 4 a 6/6, o público pode conferir as novidades da cafeicultura no aeroporto de Três Pontas, percorrendo cerca de 2km de extensão com estandes de produtos, inovações e conhecimento. A ������Ƶparticipa da organização em parceria com a Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel - realizadora) e a Prefeitura Municipal de Três Pontas. 

Presente na cerimônia de abertura, o vice-reitor da UFLA, professor Jackson Antônio Barbosa, destacou o orgulho de representar a Instituição no evento que se tornou uma referência nacional para a cafeicultura. Ele reafirmou o compromisso da permanente colaboração e o crescente protagonismo da Universidade, fortalecendo as conexões entre a academia e o setor produtivo e, em especial, a formação dos estudantes. “É gratificante ver a influência da ������Ƶe das instituições parceiras na inovação tecnológica que vemos na cafeicultura ao longo dos anos”, considerou.

Participação acadêmica

A ciência e tecnologia estão no DNA da Expocafé. No estande da UFLA, o público teve a oportunidade de conhecer as atividades dos núcleos de estudo e empresas juniores que têm o café como temática, tomar um café especial e consultar as publicações da Editora UFLA. E, o mais importante, encontrar referências em café, membros da comunidade acadêmica, para o compartilhamento de informações e atualizações sobre as pesquisas e avanços do setor. 

13º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira

“Avançamos muito em tecnologia de mecanização e faltam operadores treinados para as operações”. Essa foi a mensagem deixada pelo professor Fábio Moreira da Silva, da Escola de Engenharias (EENG/UFLA), coordenador do 13º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira, que teve como tema central “A reduzida disponibilidade de trabalhadores rurais e os recursos da mecanização”. Em palestra de abertura, o professor apresentou um resgate da evolução da mecanização da cafeicultura em 25 anos da Expocafé. 

O professor relembrou que algumas preocupações que moveram as pesquisas no passado, como estragar as plantas pela excessiva desfolha, ou que as máquinas causariam o desemprego no campo, não se confirmaram. Ele apresentou dados de pesquisas realizadas desde a primeira edição da Expocafé, em que apresentaram as primeiras máquinas usadas pela cafeicultura de montanha. Segundo esses resultados, a desfolha pode ser menor do que a colheita manual e as máquinas são alternativas para o êxodo do trabalhador rural, que saiu de uma população de 39,19% em 1940, para 4% em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).    

Simpósio ������ƵCocatrel

Durante o segundo dia da feira, foram realizadas palestras com abordagens diversificadas para a eficiência, gestão e qualidade na cafeicultura. Professores da ������Ƶcompartilharam informações sobre suas áreas de atuação e especialidades. 

O professor Bruno Henrique Sardinha de Souza (Esal/UFLA) apresentou as bases ecológicas e econômicas do manejo integrado de pragas do café. A tecnologia dos drones e o potencial desta tecnologia para uma gestão eficiente e sustentável da cafeicultura foi tema da palestra do professor Adão Felipe dos Santos (Esal/UFLA). 

O professor Flávio Meira Borém (EENG/UFLA), autor da obra recém-lançada Tecnologia Pós-colheita e Qualidade de Cafés Especiais (Editora UFLA), abordou o tema secagem, processo considerado por ele como ponto-chave para produção de cafés especiais. 

Avança Café 6.0

A sexta edição do programa de pré-aceleração de startups Avança Café foi lançada no segundo dia da Expocafé 2024, em uma roda de conversa com a participação de representantes da Embrapa Café, ������Ƶe Lavrastec; e do tecnoPARQ, vinculado à Universidade Federal de Viçosa (UFV). 

Sob a mediação da jornalista e líder do programa na Embrapa Café, Rose César, o lançamento teve a participação dos professores Tiago Teruel, atual coordenador do Avança Café na UFLA, e Dalyse Castanheira, coordenadora nas edições anteriores. Teruel destacou a importância do programa para integrar o ensino, a pesquisa e o setor produtivo, favorecendo o desenvolvimento e a entrega de soluções. Também participou da ação a agente de aceleração no Lavrastec, Kreicy Teixeira, que apresentou os detalhes da programação da capacitação e da meta de desenvolvimento de um produto/tecnologia que será validado por potenciais investidores.  

O Avança Café faz parte da carteira de projetos do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café e executado pelos parques tecnológicos da UFLA, o Lavrastec, e da UFV, o tecnoPARQ. A iniciativa conta com ações de sensibilização e de capacitação que impactaram mais de 12 mil pessoas. O programa já envolveu 60 projetos e 15 equipes foram premiadas ao longo das cinco edições anteriores. As equipes devem ter de três a seis integrantes e podem ser compostas por estudantes, técnicos, professores, pesquisadores, produtores, empresários ou autônomos.

Expocafé Mulheres

A programação também incluiu a realização da 4ª edição do Expocafé Mulheres. Na mesa de abertura, a professora Dalyse Castanheira representou a UFLA, destacando em sua fala a importância e a evolução do evento ao longo dos anos. O encontro foi idealizado com o intuito de oferecer às mulheres do café a oportunidade de discutir um tema e construir, juntas, lideranças femininas, na gestão e na produção. Neste ano, o tema foi inovação e a inserção das mulheres e contou com a participação de professoras e estudantes da UFLA. 

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado anualmente em 5 de junho. A data foi estabelecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1972 e se tornou um dos momentos mais importantes para mobilização das pessoas e comunidades em ações em prol do meio ambiente. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) possui um plano ambiental na prática, o que a torna a segunda universidade mais sustentável do Brasil, e  a 4ª posição na América Latina, segundo o UI GreenMetric World University Rankings. Para falar sobre o que faz da ������Ƶreferência em preservação, o Frequência ������Ƶdessa semana entrevistou o diretor de Meio Ambiente, professor Gilberto Coelho.

Quem curte uma plantinha em casa, gosta de frequentar praças ou quer morar no ambiente rural não pode perder o novo episódio do podcast Ciência em Prosa 60+. Desta vez, a prosa é sobre os inúmeros benefícios do contato com a natureza para pessoas com mais de 60 anos. 

Neste episódio, intitulado "Vamos nos conectar à natureza? Em casa, na praça e no campo, ambientes naturais são muito benéficos”, conversamos com a dona Lourdes do Carmo de Sá, de 82 anos, moradora da Vila Vicentina de Lavras, que manteve contato com a natureza desde a infância. Também proseamos com a professora Patrícia Paiva, da Escola de Ciências Agrárias de Lavras (Esal), especialista em floricultura, paisagismo e plantas ornamentais. 

O podcast Ciência em Prosa 60+ é um programa mensal produzido pela Diretoria de Comunicação da Universidade Federal de Lavras (Dcom/UFLA), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Os episódios estão disponíveis nas principais plataformas de áudio e nas redes sociais em que a ������Ƶestá presente, além de serem veiculados pela Rádio Universitária 105.7 FM e em plataformas de vídeo, como Youtube. 

Para participar do podcast, basta encaminhar para nós as dúvidas que a ciência pode responder, e vamos buscar docentes da ������Ƶque possam participar da conversa. 

O programa também pode ser veiculado por rádios locais. Emissoras interessadas em reproduzir gratuitamente os episódios podem entrar em contato pelo whatsapp (35) 99806-4531, ou pelo e-mail cienciaemprosa@ufla.br.

As dúvidas devem ser enviadas pelo whatsapp: (35) 9 9806-4531.

Ouça os episódios completos nos links abaixo: 

No Brasil, os principais animais peçonhentos que causam acidentes são as serpentes, escorpiões e aranhas. Dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostram que mais de 48 mil acidentes causados por animais peçonhentos foram registrados desde 2018 no Estado. Em 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS), incluiu os acidentes com animais peçonhentos na lista de doenças tropicais negligenciadas. No Frequência ������Ƶdessa semana, a entrevista foi com o representante da Fundação Ezequiel Dias, Fábio de Castro Patrício.

Pesquisa liderada pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) resultou em uma lista atualizada de espécies exóticas invasoras no Brasil. Obtido após consultas públicas e análise de consenso, o artigo com a lista aponta 444 espécies invasoras, sendo 254 animais, 188 plantas e duas algas. Os resultados ainda revelam que algumas dessas espécies foram introduzidas no País no início da colonização europeia, em 1500. Porém, a maioria dos primeiros registros data do século passado e 88 deles (20% do total) após o ano 2000.

Ao todo foram quase nove horas de debate público sobre a temática  “Cannabis e ciência: evidências sobre o uso terapêutico e seus meios de acesso”, realizado na sexta-feira (26/4), pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no âmbito da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia. É preciso que seja reforçado já no início desta matéria: o debate abordou a produção e o uso terapêutico do canabidiol, uma das substâncias presentes na Cannabis sativa, uma das plantas mais difundidas do mundo, há milhares de anos.

Médicos, professores, juristas, representantes de associações e pessoas que fazem uso de medicamentos à base de canabidiol e seus familiares compartilharam perspectivas jurídicas, evidências científicas e experiências clínicas em três mesas de debate. A Universidade Federal de Lavras (UFLA) participou da discussão com quatro apresentações, completando a programação com outras universidades como UFMG, UFV e UFSJ. A ênfase do debate foi sobre a necessidade de se permitir que a pesquisa científica avance para se obter evidências para o uso medicinal da planta de forma segura e inclusiva. 

A professora Vanessa Cristina Stein, do Instituto de Ciências Naturais (ICN/UFLA), pesquisadora da temática e coordenadora do Centro Biotecnológico de Plantas Psicoativas da ������Ƶ(CBPP), participou da mesa de abertura representando o reitor, professor João Chrysostomo de Resende Júnior. Na oportunidade, ela destacou o compromisso da Universidade para o desenvolvimento e a disseminação de pesquisas que garantam respostas à sociedade com o conhecimento embasado em evidências para o uso da Cannabis. O CBPP conquistou a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a pesquisa e cultivo in vitro da Cannabis medicinal, tornando a ������Ƶa terceira universidade no País a receber essa autorização. Em sua fala, propôs a criação da Rede Mineira de Pesquisas em Cannabis, para a promoção de estudos multidisciplinares da pesquisa básica à aplicada. 

A importância das pesquisas acadêmicas 

Coordenador do Núcleo de Estudos em Cannabis (Cannabis UFLA), o professor Luís Cláudio Paterno Silveira (Esal/UFLA) discorreu sobre a importância das pesquisas para garantir aos produtores e associações de Cannabis medicinal informações embasadas em evidências científicas. Ele explicou que o Núcleo permitiu institucionalizar as pesquisas com a Cannabis na UFLA, considerando a perspectiva de ampliá-las, já com a participação de 19 professores de diferentes áreas do conhecimento e 25 estudantes de graduação e pós-graduação.  

“Nós temos que pensar que, no futuro, sendo permitido o plantio da Cannabis, pelo potencial que essa planta tem não apenas para o uso medicinal, mas também o uso da fibra do cânhamo para a indústria têxtil e da construção civil, nós precisamos estar preparados para o controle biológico dos insetos. É um absurdo pensar que o óleo medicinal pode estar sendo contaminado por inseticidas. Vamos precisar de métodos biológicos e sustentáveis”, destacou o professor, abrindo a possibilidade de parcerias com outras associações para ampliar os estudos.    

A doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Entomologia Aline Nunes Negromonte Lima, presidente do núcleo Cannabis UFLA, enfatizou o percentual ainda reduzido de pesquisas na área das ciências agrárias no Brasil que tenham a cannabis como objeto de estudo (0,6%). Destacou ainda a importância da autorização para a produção experimental na Universidade, voltada para avançar no manejo agronômico da planta, incluindo a identificação e o controle biológico de insetos pragas, tema de seu doutoramento.    

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, Christina Maria de Freitas Grupioni destacou a temática pela perspectiva do direito à saúde integral, com equidade, universalidade e dignidade. Representando uma associação da sociedade civil, a pesquisadora defendeu a existência de um marco regulatório para a distribuição da Cannabis medicinal no SUS e que se reconheça o enorme potencial terapêutico da planta, superando tabus e preconceitos. Pauta defendida durante o debate por diferentes representações.    

Ciência e saúde pública

Proposto pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), o debate público foi resultado de uma demanda da sociedade, que necessita de políticas públicas sobre o tema para o desenvolvimento do uso terapêutico e medicinal dos produtos derivados da Cannabis e os meios necessários para viabilizar o acesso da população ao tratamento. O debate reforçou o efeito do canabidiol na redução de sintomas de doenças como dor crônica, epilepsia resistente a métodos tradicionais, doença de Parkinson e distúrbios do sono, com base na Nota Técnica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 2023.

Por tratar-se de uma pauta de política científica e tecnológica, o desenvolvimento das pesquisas envolve autorizações e investimentos. Como destacado no debate público, somente em 2023, 430 mil pacientes teriam recorrido ao medicamento, sendo 219 mil por meio de importação, 114 mil por autorização via entidades e associações e 97 mil via liminares ().

O debate resultou na criação de um grupo de trabalho que dará continuidade à discussão, incluindo contribuições para um projeto de lei estadual sobre a temática. As universidades deverão elaborar um portfólio para que os parlamentares saibam como contribuir com as pesquisas sobre o tema.

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Quem caminha pelo câmpus sede da Universidade Federal de Lavras (UFLA) já pode ter notado a presença de uma grande escultura em forma de gafanhoto em frente ao Departamento de Entomologia. Outra obra fazendo referência a um suíno foi colocada próximo ao Departamento de Zootecnia. As esculturas feitas de sucata, assim como a gigante formiga da caixa d'água, ao lado do Centro de Convivência, são assinadas pelo professor aposentado do Departamento de Administração e Economia (DAE) Ricardo Sette. No Frequência dessa semana, ele e a professora do Departamento de Entomologia, da Escola de Ciências Agrárias da UFLA, Brígida de Souza falam sobre suas paixões por insetos.