Com pesquisas voltadas ao uso de combustíveis alternativos e tecnologias limpas no setor de transporte, especialmente no meio rural, o professor Carlos Eduardo Castilla Alvarez, da Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi nomeado ao Troféu Frotas & Fretes Verdes 2025, categoria "Pesquisador Individual”. A premiação reconhece iniciativas com alto potencial de impacto ambiental, social e econômico, como a substituição parcial do diesel por gás natural em tratores agrícolas e a otimização da queima de biogás em motores ciclo Otto — soluções que aliam inovação, sustentabilidade e viabilidade para pequenos produtores. A fase final do processo envolve um consulta popular, com votação até o dia 15 de julho (informações no final do texto). 

A indicação ao Troféu está diretamente relacionada a uma linha de pesquisa consolidada nos últimos anos, voltada à avaliação, desenvolvimento e otimização de tecnologias para a utilização de combustíveis alternativos em motores de combustão interna, com ênfase no biogás, gás natural veicular (GNV) e sistemas dual-fuel. Essa linha de pesquisa tem como missão viabilizar, técnica e economicamente, o uso de fontes de energia mais limpas, especialmente no contexto da agroindústria e do transporte rural, onde a inovação precisa ser acessível, robusta e aplicável em condições reais de operação.

Entre os destaques dessa trajetória está o desenvolvimento de um sistema de ignição por pré-câmara, projetado para otimizar a combustão do biogás em motores ciclo Otto. Sabidamente desafiador devido ao seu baixo poder calorífico, o biogás tem enorme potencial como fonte energética proveniente de resíduos orgânicos. O projeto resultou em ganhos expressivos de eficiência, redução de emissões e aumento da viabilidade do uso de biogás em contextos agroindustriais, contribuindo para a geração distribuída de energia renovável e para a economia circular no campo.

Complementarmente, outro braço importante dessa linha de pesquisa investigou a aplicação de sistemas dual-fuel em motores diesel utilizando GNV, com foco em tratores agrícolas. Com adaptações simples, foi possível realizar a substituição parcial do diesel por gás natural, alcançando redução de mais de 20% nas emissões de CO₂ e diminuição de 14% no custo por quilowatt-hora gerado, mantendo a funcionalidade do equipamento e a possibilidade de reversão ao modo original. Os resultados evidenciaram o potencial da solução para reduzir os custos operacionais do pequeno produtor rural ao mesmo tempo em que contribui para o cumprimento de metas ambientais.

Essa linha de pesquisa, conduzida na ������Ƶcom forte componente experimental, envolveu não apenas o desenvolvimento técnico, mas também a formação de estudantes, a geração de publicações científicas e o estabelecimento de parcerias institucionais. Foram produzidos artigos científicos, trabalhos técnicos, protótipos de sistemas de ignição e injeção, metodologias de calibração e análises econômicas comparativas — sempre com o objetivo de alinhar inovação tecnológica à sustentabilidade e à viabilidade prática aplicada à agroindústria brasileira.

O professor Alvarez indica que a nomeação representa um marco importante tanto para a sua trajetória acadêmica e científica como jovem pesquisador, quanto para o fortalecimento da ������Ƶcomo centro de referência em pesquisa aplicada e inovação tecnológica com impacto social e ambiental. "Trata-se de um reconhecimento que reafirma o compromisso da universidade pública com o desenvolvimento de soluções reais para os desafios da transição energética no setor de mobilidade e logística".

Para o estudante de Engenharia Mecânica, Daniel Lucas Japira, o professor Carlos Eduardo tem uma trajetória acadêmica e profissional de impacto, com contribuições significativas para o ensino e a pesquisa na UFLA. “A finalização no Troféu Frota & Fretes 2025 sublinha a qualidade dos profissionais que compõem nosso corpo docente e a relevância das pesquisas desenvolvidas em nossa instituição, que buscam soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios do setor de logística e transporte”, comentou..

O reitor em exercício, professor Jackson Barbosa, destaca a nomeação como motivo de orgulho para toda a comunidade da UFLA. "Trata-se de um reconhecimento à excelência da pesquisa desenvolvida em nossa universidade, com foco em soluções sustentáveis e aplicáveis à realidade brasileira, especialmente no meio rural. Fortalece ainda a Escola de Engenharia da ������Ƶcomo centro formador de profissionais qualificados e atentos às demandas do futuro, pontuou.

Você pode contribuir para trazer esse prémio para a UFLA. Veja como votar no Professor Carlos Eduardo Castilla Alvarez:

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2. Procure a categoria “Pesquisador Individual” (lá no final do texto tem um formulário)
   
   
3. Vote em Carlos Eduardo Castilla Alvarez.
   
   

A votação está aberta e segue até 15 de julho. O professor conta com o apoio de estudantes, técnicos, docentes, egressos e toda a rede de amigos da ������Ƶpara que essa conquista coletiva se torne realidade. Vamos mostrar a força da universidade pública e o impacto de sua pesquisa no cenário nacional. Cada voto faz a diferença.

A cerimônia de premiação será realizada durante o Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes, reunindo lideranças do setor público e privado, pesquisadores e representantes da indústria para o debate sobre as estratégias que guiarão o futuro da mobilidade sustentável no Brasil.

A XVII edição da Feira de Marketing Social e Mídias Alternativas (Femas) foi realizada neste domingo (9/2), na Praça Doutor Augusto Silva, no centro de Lavras. A feira ocorre semestralmente desde 2015, e surgiu como uma iniciativa extensionista da disciplina Marketing Público, do curso de Administração Pública da Universidade Federal de Lavras (DAP/UFLA); posteriormente, foi ampliada para a participação de outros cursos da Instituição.

O principal objetivo da feira é promover, na prática, a indução da mudança introspectiva no indivíduo, aplicando o conceito de Marketing de Causas Sociais na comunidade de Lavras, por meio de mídias alternativas. “A proposta é conscientizar a sociedade sobre a importância da transformação de certos comportamentos, estimulando um ciclo virtuoso no qual as pessoas se reconheçam como coprodutoras do bem público, ou seja, corresponsáveis pela gestão do próprio município”, explica o professor do Departamento de Administração Pública (DAP) Denis Renato de Oliveira, coordenador do projeto de extensão.

Neste semestre, a Femas tem como tema os “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS). A escolha partiu dos estudantes de Administração Pública e Sistemas de Informação, em razão do evento da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desenvolvimento sustentável, que será sediado no Brasil em 2030. Cada grupo selecionou um ODS para apresentar na feira; os escolhidos foram: 

• Objetivo 3 – Saúde e Bem-Estar: garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todas as pessoas, em todas as idades.
• Objetivo 7 – Energia Limpa e Acessível: assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e acessível à energia para todos.
• Objetivo 12 – Consumo e Produção Responsáveis: promover padrões sustentáveis de produção e consumo.
• Objetivo 15 – Vida Terrestre: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, além de gerir florestas de forma sustentável, combater a desertificação, reverter a degradação do solo e frear a perda de biodiversidade.

Nas primeiras edições, a Femas era realizada dentro do câmpus universitário. Com o objetivo de ampliar a interação com a sociedade, a feira passou a ocorrer na praça central da cidade. Para a professora Luiza Amalia Soares Franklin, atual responsável pela disciplina de Marketing Social (DAP/UFLA), essa mudança representa uma oportunidade valiosa para os estudantes se conectarem com a comunidade. “Estamos saindo da sala de aula para lidar diretamente com as pessoas, o que permite aos estudantes desenvolverem habilidades essenciais para o trabalho futuro com o público”, destaca.

Para os visitantes, a experiência na feira foi bastante positiva, como destaca o profissional de Educação Física, Caio Fabri Virgílio. “Acho sempre interessante quando a Universidade compartilha com a sociedade as informações obtidas por meio de pesquisas e estudos. Afinal, as universidades são o berço do conhecimento, e essas exposições na praça nos permitem ter acesso ao trabalho que vem sendo desenvolvido por elas”, afirmou.

Clique na imagem abaixo e confira a galeria de fotos do evento, 

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade ao conquistar a 35ª posição mundial no UI GreenMetric World University Rankings 2024, o principal ranking internacional voltado para práticas ambientais no ensino superior. A posição alcançada coloca a instituição como a 2ª universidade mais sustentável do Brasil e a 4ª na América Latina.

No cenário global, a ������Ƶsubiu cinco posições em relação a 2023, destacando um progresso contínuo em seus esforços sustentáveis. O ranking de 2024 contou com a participação de 1.477 universidades de 95 países, um aumento expressivo em relação às 1.183 instituições avaliadas no ano anterior.

Desempenho por indicadores

A ������Ƶobteve nota máxima em duas categorias: Água e Educação e Pesquisa. Em Educação e Pesquisa, foi a única instituição brasileira a alcançar a pontuação máxima, destacando-se por suas iniciativas de ensino e pesquisa voltadas à sustentabilidade.

A pontuação total da ������Ƶem 2024 foi de 8.825 pontos, com destaque para os seguintes indicadores:

• Água: 1.000 pontos (nota máxima)
• Educação e Pesquisa: 1.800 pontos (nota máxima)
• Energia e mudança climática: 1.650 pontos (2100)
• Resíduos: 1.575 pontos (1800)
• Transporte: 1.425 pontos (1800)
• Ambiente e infraestrutura: 1.375 pontos (1500)

Compromisso com o futuro

Para o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, o reconhecimento da ������Ƶcomo uma das universidades mais sustentáveis do mundo reflete um esforço coletivo e uma visão de longo prazo. “Quando idealizamos o Plano Ambiental, nosso objetivo era transformar a cultura da Instituição, integrando a sustentabilidade a todas as nossas práticas acadêmicas e administrativas. Este resultado não é apenas uma conquista, mas um compromisso renovado de continuar promovendo ações que busquem o equilíbrio ambiental, social e econômico. A ������Ƶtem a responsabilidade de inspirar outras instituições e contribuir, por meio da ciência e da inovação, para um futuro mais sustentável”, destacou.

O diretor de Meio Ambiente da UFLA, professor Gilberto Coelho, celebrou o desempenho da Instituição, destacando que os resultados são fruto de um trabalho coletivo e estratégico. “A ������Ƶcontinuará a desenvolver suas ações, mantendo a sustentabilidade como prioridade. Nosso objetivo é melhorar ainda mais os indicadores de Energia e Mudança Climática e Transporte nos próximos anos, buscando práticas cada vez mais sustentáveis.”

Com a evolução contínua em seus indicadores e reconhecimento internacional, a ������Ƶreafirma seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e consolida sua posição como uma referência global em sustentabilidade ambiental no ensino superior.

Destaque sustentado

Vale lembrar que a ������Ƶalcançou, pelo segundo ano consecutivo, a melhor colocação entre as universidades mineiras no ranking internacional de sustentabilidade QS World University Rankings: Sustainability 2025. Na edição de 2025, o ranking classificou 1.743 instituições de 107 países, sendo 42 delas do Brasil. A ������Ƶalcançou a 699ª posição no ranking geral, ocupando o 11º lugar entre as universidades brasileiras. Também teve destaque nos rankings específicos, alcançando a 544ª posição em Impacto Ambiental e a 310ª posição mundial em Governança. No contexto estadual, a ������Ƶconquistou o 1º lugar entre as oito universidades mineiras classificadas no QS Sustainability Ranking 2025. Confira a matéria completa do desempenho da ������Ƶno QS World University Rankings neste link

O Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação (Ictin-UFLA), localizado no câmpus da Universidade Federal de Lavras (UFLA) em São Sebastião do Paraíso, sediou a 4ª edição do Meetup Acissp/UFLA. O evento, realizado no dia 28/8, em parceria com a Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de São Sebastião do Paraíso (Acissp), almeja fortalecer a conexão entre o meio acadêmico e o setor empresarial.

Com uma programação focada em temas relevantes para o mercado, a palestra "A Análise de Dados como Ferramenta Estratégica na Manipulação de Indicadores de Desempenho no Setor do Comércio" foi conduzida pelas professoras-doutoras Raíssa Bárbara Nunes Moraes Andrade e Ana Claudia Festucci de Herval. A apresentação abordou como a análise de dados pode aprimorar a gestão e o desempenho das empresas comerciais, destacando técnicas e estratégias inovadoras.

A professora Raíssa Andrade explicou que indicadores de desempenho são medidas  utilizadas para acompanhar o desenvolvimento de uma empresa, e avaliar a eficiência e eficácia das duas atividades e processos.  “Os indicadores são fundamentais para medir o progresso em direção aos objetivos estratégicos da empresa, permitindo um entendimento claro sobre o que está funcionando bem e o que precisa de melhoria. No setor do comércio, em que a competição é alta e a margem de erro pode ser estreita, o uso eficaz de indicadores de desempenho pode ser o diferencial que mantém a empresa competitiva e bem-sucedida, possibilitando, entre outras coisas, o aperfeiçoamento contínuo e a tomada de decisão consciente e informada,” afirmou a professora.

O exemplo ilustrativo fornecido na apresentação demonstrou ao público como tomar melhores decisões com base em planejamento e levantamento de dados, utilizando essas informações para garantir que as decisões sejam fundamentadas no que os dados revelam.

“Na palestra, demonstramos como a análise de dados pode auxiliar na visualização das vendas ao longo do tempo. Identificamos que determinados produtos podem ser mais vendidos em períodos específicos do ano, efeito conhecido como sazonalidade. Essa compreensão permite que gestores e proprietários de lojas manejem melhor seu estoque e façam previsões sobre a necessidade de maior quantidade de produtos em épocas em que há uma maior demanda. Além disso, eles podem identificar se investimentos em marketing e em promoções estão trazendo o retorno esperado, a ponto de comparar os diferentes tipos de investimentos, identificando qual é o mais rentável e como isso pode agregar nas tomadas de decisões da empresa”, comentou a professora Ana Cláudia de Herval.

A participação de aproximadamente 60 pessoas, incluindo estudantes, docentes e membros da comunidade, e a discussão de questões atuais ressaltaram a importância da colaboração entre instituições acadêmicas e o setor empresarial. O Meetup Acissp/������Ƶtem promovido parcerias frutíferas entre a ������Ƶe empresas, como evidenciado pelo networking realizado durante o evento, que abriu oportunidades para a participação na Chamada Compete Minas da Fapemig.

Henrique de Souza, gerente de um posto de combustíveis em São Sebastião do Paraíso, soube do Meetup Acissp/������Ƶpor meio das redes sociais e participou pela primeira vez. Na ocasião, Henrique descreveu a proposta como “sensacional” e a palestra como “muito enriquecedora”. Ele destacou que a abordagem sobre análise de dados ofereceu novas perspectivas e oportunidades para sua empresa. “A maneira como os dados foram analisados abriu um leque de oportunidades diferentes das que estamos acostumados no dia a dia. Foi, de fato, uma palestra enriquecedora,” concluiu.

Para dar dicas e orientações sobre variados alimentos e os seus processamentos, o projeto de extensão “Alimentando Conhecimentos” vem realizando, desde outubro de 2016, ações presenciais e virtuais. De palestras fora e dentro da Universidade a postagens de conscientização nas redes sociais, as ações do projeto alcançam um público diverso e crescente.

Presencialmente, já foram realizadas, por exemplo, palestras em escolas e também webinários, minicursos e ciclos de palestras ministrados por profissionais qualificados para diferentes públicos, sobre diferentes temas. Para a coordenadora do projeto e professora da Escola de Ciências Agrárias de Lavras (Esal/UFLA), Éllen Cristina de Souza, essas ações garantem o esclarecimento de dúvidas sobre as áreas de ciência dos alimentos, tecnologia de alimentos e engenharia de alimentos. “As ações auxiliam na escolha de produtos mais saudáveis e no oferecimento de informações sobre a produção ou o processamento de produtos consumidos pelas pessoas no dia a dia”, afirma.

Nas redes sociais, auxiliar nessas questões também é um dos objetivos almejados pelo projeto, que, frequentemente, realiza postagens com dados sobre alimentos industrializados e in natura. As mídias sociais do projeto também oferecem informações sobre alimentos, incluindo seus compostos bioativos e técnicas de conservação e processamento. Elas também compartilham orientações sobre higienização e boas práticas na produção de alimentos, e promovem maneiras de reduzir o desperdício alimentar.

As postagens são feitas regularmente nas plataformas de mídia, com informações acessíveis ao público não especializado, abordando temas como creatina, benefícios da tâmara e embalagens a vácuo. Para isso, a equipe do projeto, que possui bolsistas de diferentes cursos da UFLA, utiliza fontes confiáveis e conta com o apoio e orientação de profissionais especializados.

Até o momento, o projeto possui perfis no Instagram (), no Facebook () e no Linkedin ().

Minicurso de panificação

Um exemplo de ação realizada pelo projeto é um minicurso de panificação natural, promovido em março e aberto para toda a comunidade. Foram três formulações diferentes trabalhadas pelo palestrante convidado, Fábio Claudino: pão de sal tradicional, com massa madre artesanal e com massa madre industrial.

Para a moradora de Lavras (MG) e empreendedora participante do minicurso, Flávia Souza Nogueira, a iniciativa foi uma oportunidade de aprendizado. “Eu trabalho na área e as técnicas que estavam faltando eu consegui aprender. Além disso, pude entender todos os processos, porque tivemos contato com pessoas da área de química e da microbiologia, então foi muito importante para mim”, observa.

Popularização da ciência

Para tornar o conhecimento científico ainda mais acessível para todos, o projeto também divulga, com linguagem acessível, resultados de pesquisas produzidas no Departamento de Ciência dos Alimentos (DCA/UFLA).

Além disso, a iniciativa produz materiais como cartilhas didáticas para a população. Recentemente, por exemplo, foi disponibilizada, de forma on-line e gratuita, a cartilha “Interação Alimento X Medicamento”, que aborda interações entre moléculas de alimentos e moléculas de medicamentos, algo que pode aumentar ou diminuir os efeitos de alguns remédios.

Além da professora Éllen Souza e dos bolsistas de graduação, a equipe do projeto é composta por docentes e técnicos do DCA, além de membros externos ligados à indústria de alimentos.

Assista ao vídeo do ������Ƶna Comunidade para conhecer alguns dos envolvidos no projeto:

Neste mês, os produtores de Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural alcançaram mais uma conquista: o Governo de Minas Gerais regulamentou a identidade e qualidade para produção dessa variedade mineira. A medida foi anunciada durante a abertura da sexta edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas Gerais, pelo vice-governador do Estado Mateus Simões de Almeida. O evento foi realizado  no Expominas em 13/6, em Belo Horizonte (MG). Estudos científicos desenvolvidos na Universidade Federal de Lavras (UFLA) contribuíram com o processo que resultou na regulamentação.

Uma formalização dessa variedade de queijo foi publicada em dezembro de 2022 pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), amparada por pesquisas realizadas no Departamento de Ciência dos Alimentos da  ������Ƶ(DCA/UFLA). Na ocasião, foi identificado o fungo que cresce na superfície da iguaria, o Geotrichum candidum, que foi isolado e preservado pela equipe do Laboratório de Microbiologia dos Alimentos do DCA, sob a coordenação do professor Luis Roberto Batista. 

Minas Gerais foi o primeiro Estado brasileiro a formalizar o queijo artesanal com casca florida. Até então, a comercialização do produto não era legalmente regulamentada por não se saber qual era o fungo presente no QMA e se seu consumo era seguro. Além das pesquisas conduzidas na UFLA, estudos realizados pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também contribuíram para essa formalização em 2022, que possibilitou a comercialização do produto de forma legal e seu consumo seguro.

Com a portaria mais atual, publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) no dia 12/6, os produtores passam a ter orientações sobre como o queijo deve ser elaborado, seguindo as regras de segurança sanitária estabelecidas pelo IMA. O regulamento inclui normas relacionadas às análises laboratoriais exigidas, fluxograma de produção, temperatura da queijaria, umidade e tempo mínimo de maturação.

As pesquisas na ������Ƶque colaboraram com o processo são realizadas desde 2016, e até o momento envolveram o desenvolvimento de três teses de doutorado, sete dissertações de mestrado e dois artigos científicos em periódicos específicos, todos concluídos, e três teses e uma dissertação em andamento nos programas de pós-graduação de excelência da Universidade Federal de Lavras, especificamente nos programas de Ciência dos Alimentos e de Microbiologia Agrícola, além de palestras e apresentação de resumos em congressos nacionais e internacionais.

Para a regulamentação em 2024, houve a contribuição de estudos feitos no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), de Campinas (SP), em parceria com o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) - campus Bambuí.

Novos desdobramentos da pesquisa realizada na UFLA

Estudos recentes realizados na ������Ƶconstataram que o fungo Geotrichum candidum, encontrado na casca do queijo, além de não apresentar riscos à saúde do consumidor, também é benéfico para o produto final. Esse fungo protege o queijo contra a ação de patógenos e outros microrganismos indesejáveis. O uso da microbiota nativa, conforme historicamente é produzido, respeitando as boas práticas agropecuárias e as boas práticas de higienização na produção, garantem um produto com identidade, autenticidade, qualidade e segurança.

Mais detalhes sobre a pesquisa que contribuiu para a formalização em 2022 podem ser conferidos em . Também foi publicada pela UFLA, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), uma destinada aos produtores de queijo.

A Ciência como aliada das políticas públicas

A demanda pela formalização do QMA surgiu a partir dos próprios produtores de queijo (inicialmente com o produtor da região do Serro, em Minas Gerais, Tulio Madureira), que encontraram na universidade o amparo necessário para melhorar sua qualidade de vida e de trabalho, por meio de pesquisas científicas validadas. Esse tipo de regulamentação reforça o papel crucial da ciência como norteadora de políticas públicas, visto que ela oferece uma base sólida de evidências e conhecimentos que ajudam na tomada de decisões benéficas à sociedade. É uma das formas pelas quais instituições de pesquisa, como a UFLA, devolvem à comunidade os investimentos realizados ao longo dos anos.

Em nota publicada no site oficial do Governo de Minas Gerais, o vice-governador do Estado disse que “os nossos produtores, agora, poderão acessar mercados que antes estavam fechados. A certificação garante não só a segurança sanitária, mas coloca nossos queijos em condição de competição internacional com todos os principais queijos mofados do mundo". A expectativa é de que, em breve, por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Queijo Minas Artesanal de Casca Florida Natural seja reconhecido como Patrimônio Imaterial da Humanidade.

Texto: Mayara Mesquita. Edição e revisão: Ana Eliza Alvim.

Na próxima semana, de 4 a 6 de junho, será realizada a Expocafé - tradicional feira da cafeicultura, organizada pela Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas (Cocatrel) em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Prefeitura Municipal de Três Pontas. A parceria da ������Ƶestá na gênese da Expocafé, desde sua criação em 1998, e permanece com o objetivo de fortalecer a a colaboração entre a academia e o setor produtivo, impulsionando a inovação, a sustentabilidade e a qualidade na cafeicultura. Abertura terá o 13º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira. 

No estande da UFLA, o público poderá conhecer as atividades dos núcleos de estudo e empresas juniores que têm o café como temática, tomar um café especial e consultar as publicações da Editora UFLA. E, o mais importante, encontrar referências em café, membros da comunidade acadêmica, para o compartilhamento de informações e atualizações sobre as pesquisas e avanços do setor. 

13º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira

Logo após a cerimônia de abertura da Expocafé, a programação terá início com o 13º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira, que em sua 13ª edição terá como tema central “A reduzida disponibilidade de trabalhadores rurais e os recursos da mecanização”. O simpósio, organizado pelo professor Fábio Moreira da Silva, da Escola de Engenharias (EENG/UFLA), abordará as evoluções e desafios da mecanização na cafeicultura, bem como as perspectivas futuras para o setor. O professor fará a palestra de abertura, apresentando um resgate da evolução da mecanização da cafeicultura em 25 anos da Expocafé.  

Carbono neutro 

A Expocafé 2024 conquistou o selo Meu Carbono Neutro, selo de verificação e neutralização de carbono que destaca o compromisso da feira com a preservação ambiental e a construção de um futuro mais sustentável. Esta iniciativa, auditada segundo rigorosos padrões de sustentabilidade, estabelece parcerias para implementar práticas de agricultura regenerativa e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

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A Expocafé nasceu em 1998, em um evento organizado pela UFLA, Cocatrel, Prefeitura de Três Pontas e Epamig. A proposta era disseminar tecnologias acessíveis e de aplicação imediata aos cafeicultores da região. A primeira edição, realizada na Fazenda São Sebastião, do cafeicultor “Deca” Miranda, foi um marco, superando expectativas e estabelecendo-se como um dos principais eventos tecnológicos do agronegócio café no País. Mais do que uma vitrine de tecnologias,  o evento se tornou um espaço de troca de informações, conhecimento e relacionamento para os produtores. 

A demanda por alimentos saudáveis e cultivados de formas sustentáveis tem aumentado devido às preocupações ambientais e com a saúde das pessoas, o que influencia a busca por feiras agroecológicas. Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras (PPGA/UFLA) identificou atributos, consequências e valores pessoais, bem como aspectos ligados à segurança alimentar, que guiam o comportamento de compra dos consumidores de frutas, verduras e legumes em feiras locais. Foram também desenvolvidas e avaliadas estratégias de comunicação capazes de transmitir mensagens efetivas a esse público.

O Brasil é o maior produtor de arroz do mundo fora do continente asiático. Além do Rio Grande do Sul, outros estados como Santa Catarina, Tocantins e Mato Grosso também produzem o cereal. Para que não falte na mesa dos brasileiros, as importações de arroz deverão ocorrer. No Frequência ������Ƶdessa semana, a professora Flávia Barbosa Silva Botelho, da Escola de Ciências Agrárias de Lavras (Esal/UFLA), fala sobre a produção de arroz, estoque e armazenamento ideais, além de explicar  como os projetos de pesquisa como o "Melhoramento genético do arroz de terras altas" e o de "Cultura e melhoramento do arroz" têm contribuído para levar o arroz à mesa do brasileiro.

Na última sexta-feira (22/3) comemorou-se o Dia Mundial da Água e a data foi marcada por  uma semana de atividades, organizadas pela Diretoria de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente. A comunidade acadêmica e externa foram convidadas a conhecer as ações realizadas na Instituição, incluindo projetos e iniciativas para uma gestão sustentável da água, ressaltando a importância da responsabilidade de todos para esse bem em comum. No dia 22, além de atividades expositivas com a participação de núcleos de estudos e de pesquisa, a programação contou com  interações em atividades dinâmicas e atrativas para o público.

A engenheira química e coordenadora do Laboratório de Análises e Qualidade de Efluentes, Ana Elis Morais de Almeida relata: “Para este ano, entendemos ser uma ótima oportunidade estender o convite às escolas do município de Lavras, para que suas crianças pudessem conhecer o funcionamento da Estação de Tratamento de Água da UFLA, bem como se familiarizarem com a relevância do tema, visto que um dos principais objetivos para uma gestão hídrica sustentável é a manutenção da quantidade e qualidade para as gerações futuras. A Estação de Tratamento de Água recebe visitas de instituições  de educação, tanto de ensino básico como superior, há bastante tempo, e essa extensão fortalece o papel social da Universidade junto à sociedade.”

Texto e fotos: Nathália Martins - Bolsista Proat

Fotos ETA: Ivan José Ferreira Silva - Bolsista Proat

Pertencendo ao Cepe Leite,  Fazenda Palmital possui sistema de ordenha robotizada único na região.

Nesta sexta-feira (22/3), Dia Mundial da Água, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) publicou a , que define diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos recursos hídricos da UFLA. 

A diretora de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente (DQMA), professora Fátima Fia, explica que o documento “consolida algumas ações de gestão de recursos hídricos que a ������Ƶjá realiza, bem como institui metas e ações para o consumo consciente da água nos câmpus, a fim de assegurar a sustentabilidade desse recurso que é tão importante para todos”.

Entre as medidas previstas na portaria estão a promoção de campanhas educacionais de sensibilização e conscientização para o uso sustentável da água; a implantação de sistemas de monitoramento inteligente do consumo de água potável; a ampliação do sistema de aproveitamento de água de chuva, por meio da captação, armazenamento e distribuição de águas pluviais para uso não potável; e o incentivo a programas e projetos de reuso do esgoto sanitário tratado na ETE, com segurança sanitária.

A portaria normativa está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial com o ODS 6, que busca garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água potável e saneamento para todos e tem o propósito de alcançar o acesso universal e equitativo de água potável e segura para todos, como parte da Agenda 2030 da ONU, que visa garantir a qualidade de vida das pessoas, proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável em escala global, até 2030.

Para o reitor da UFLA, professor João Chrysostomo de Resende Júnior, “é uma felicidade publicar o documento no Dia Mundial da Água, um marco para a UFLA, uma universidade ambientalmente e socialmente correta, alinhada com esse e tantos outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU. Este ato normativo é mais uma ação com o propósito de estruturar áreas realmente importantes e reflete o grande trabalho realizado nos últimos quatro anos para avançar ainda mais como universidade ambientalmente sustentável”.

Excelência na gestão das águas

A ������Ƶfoi a segunda universidade do mundo a receber o certificado Blue University. O reconhecimento é resultado de ações da universidade, tais como: reconhecer a água como um direito humano; promover seu consumo por meio de infraestrutura pública e gratuita; realizar a gestão da água de forma responsável; manter serviços de tratamento da água para consumo e de águas residuárias; cultivar parcerias para defesa do direito à água em nível internacional e desenvolver pesquisas sobre a gestão sustentável da água. 

O Selo Blue University não apenas reconhece as realizações da UFLA, como também destaca a importância das instituições de ensino superior no avanço da agenda global de sustentabilidade, especialmente no que diz respeito à gestão responsável dos recursos hídricos. Ao promover um modelo exemplar de comprometimento com a água, a ������Ƶcontribui para um futuro mais sustentável e equitativo para todos.

A Universidade também se destaca anualmente no GreenMetric World University Ranking. Em 2023, a ������Ƶse manteve como a segunda universidade mais sustentável do Brasil e foi a única da América Latina com a pontuação máxima na categoria Educação em Pesquisa. Na edição de 2023, a ������Ƶavançou na pontuação em relação ao ano de 2022, devido à categoria Resíduos, tema no qual que a instituição tem trabalhado de forma intensiva, para criar alternativas e reduzir os impactos no meio ambiente.

Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, e é celebrado no dia 22 de março. Esta data desempenha um papel crucial na conscientização e na defesa da gestão sustentável dos recursos hídricos, além de servir como um lembrete anual da importância da água para a vida no planeta e destacar a urgência de proteger e conservar esse recurso precioso.

Para 2024, o tema definido pela ONU é “A água pela paz”, destacando a importância e essencialidade deste recurso, que pode ser motivo de conflitos quando seu acesso é negado ou partilhado de maneira injusta, mas que deve ser entendido enquanto ferramenta para a paz, visando à cooperação mútua entre comunidades e países para um mundo mais pacífico.

O tema de 2024 destaca a necessidade de valorizar e preservar a água como um recurso que une as pessoas em vez de separá-las, promovendo a solidariedade e a paz entre nações e comunidades. Celebrar o Dia Mundial da Água sob este tema é uma forma de reconhecer o papel fundamental que a água desempenha na promoção da paz e da estabilidade global, e de se comprometer a trabalhar juntos para garantir seu acesso justo e sustentável para todos.