A Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi destaque nacional nas reportagens especiais exibidas pelo programa Globo Rural, da TV Globo, nos dias 22 e 29 de junho. Com uma média de audiência de 29 milhões de espectadores, os episódios somaram mais de 70 minutos e abordaram iniciativas brasileiras de cooperação técnica internacional voltadas à cultura do algodão em países africanos, dando ênfase no papel estratégico da ������Ƶem projetos de desenvolvimento sustentável no continente.

A série, produzida em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, apresentou os projetos “Aumento do Potencial Produtivo da Cultura do Algodão no Cameroun” (Cotton Cameroun) e “Cotton Solos”, desenvolvido no Mali. Ambos contam com a coordenação técnica da ������Ƶe destacam a contribuição da Universidade para o fortalecimento da agricultura por meio da ciência, da capacitação técnica e da inovação adaptada a diferentes realidades socioambientais.

Cooperação internacional 

A ������Ƶtem estabelecido parcerias institucionais voltadas à agricultura tropical, com especial atenção ao manejo do solo, à produção de alimentos e à qualificação de profissionais locais, no âmbito do projeto Mais Algodão, iniciado em 2013. Ao longo dessa trajetória, foram realizadas muitas missões aos países africanos e a Instituição também recebeu a visita de produtores e lideranças dos países parceiros.

Atualmente a ������Ƶé a instituição brasileira com o maior número de projetos de cooperação internacional no continente africano, conduzindo seis iniciativas em Burundi, Camarões, Costa do Marfim, Etiópia, Mali, Quênia, Senegal, Uganda e Tanzânia. Todos os projetos visam a fortalecer o setor algodoeiro por meio da transferência de tecnologias e conhecimentos desenvolvidos no Brasil, respeitando as especificidades do contexto local. As iniciativas envolvem pesquisadores da Universidade que atuam diretamente na formação de técnicos, no compartilhamento de tecnologias agrícolas e na instalação de Unidades Técnicas Demonstrativas (UTDs), buscando aumentar a produtividade e melhorar as condições de vida das comunidades. 

Projetos com impactos concretos

A reportagem exibida em 22 de junho abordou o projeto Cotton Cameroun, desenvolvido no norte de Camarões. O conteúdo mostrou a visita de especialistas camaroneses ao Brasil, realizada em março, quando participaram de capacitações sobre irrigação, preparo do solo e manejo do algodão no Centro de Difusão de Tecnologias Algodoeiras de Catuti (CEDITAC), em Minas Gerais. O projeto já capacitou cerca de 290 técnicos locais, com foco em práticas como melhoramento genético de sementes, mecanização agrícola e conservação do solo. A parceria é coordenada pela ABC e envolve, além da UFLA, instituições como o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural de Camarões (MINADER), a SODECOTON e a Confederação Nacional dos Produtores (CNPC-C). Esse projeto teve a coordenação do professor Pedro Castro Neto (EENG/UFLA) até a missão mostrada na reportagem. 

No domingo seguinte, 29 de junho, o destaque foi o projeto Cotton Solos, realizado no Mali, maior produtor de algodão da África na safra 2021–2022. A iniciativa vai além do aumento da produtividade, incluindo ações voltadas à saúde, saneamento e bem-estar das comunidades rurais, como a construção de banheiros sustentáveis, instalação de sistemas de captação de água e capacitação de parteiras. Mais de 250 técnicos e agricultores já foram treinados em temas, como conservação de solos, uso de drones na agricultura e manejo de pragas. Cotton Solos tem a coordenação do professor Jão José Marques (DCS/Esal/UFLA). 

Protagonismo acadêmico

A presença da ������Ƶno Globo Rural representa o reconhecimento da relevância científica e social da Universidade em um dos mais tradicionais programas de jornalismo agro do País. Ao atuar na interface entre ciência, extensão e cooperação internacional, a ������Ƶreafirma seu compromisso com o desenvolvimento rural sustentável e com a formação de redes globais de conhecimento.

A exibição das reportagens também amplia a visibilidade das ações de diplomacia científica promovidas por instituições públicas brasileiras. Iniciativas como as conduzidas pela ������Ƶdemonstram como a articulação entre tradição acadêmica e inovação tecnológica pode gerar impactos concretos no campo — conectando continentes por meio da ciência e contribuindo para um futuro mais sustentável e colaborativo.

Na missão retratada em Mali, participaram da delegação brasileira: o professor Marx Leandro Neves Silva, o pós-doutorando Milson Evaldo Serafim (IFMT) e o doutorando Eduardo Macedo Severo, do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Solo (PPGCS) e o pesquisador da Epamig Fabio Aurelio Dias Martins, além dos tradutores da ABC, Paulo Eduardo Prestes Cohen e Mohammed Hadjab, o analista de projeto Isaac José Barbosa Vergne, a embaixadora Isabel Cristina de Azevedo Heyvaert e a jornalsita Janaina Ferraz Plessmann. 

Na reportagem sobre o projeto Cotton Cameroun, participam os professores Antônio Carlos Fraga e Pedro Castro Neto. 

Seguem os links para acessar as reportagens

Dia 22/6 (Cotton Cameroun):   e

Dia 29/6 (Cotton Solos): -    -  e  

A Universidade Federal de Lavras (UFLA) reafirmou seu compromisso com a sustentabilidade ao conquistar a 35ª posição mundial no UI GreenMetric World University Rankings 2024, o principal ranking internacional voltado para práticas ambientais no ensino superior. A posição alcançada coloca a instituição como a 2ª universidade mais sustentável do Brasil e a 4ª na América Latina.

No cenário global, a ������Ƶsubiu cinco posições em relação a 2023, destacando um progresso contínuo em seus esforços sustentáveis. O ranking de 2024 contou com a participação de 1.477 universidades de 95 países, um aumento expressivo em relação às 1.183 instituições avaliadas no ano anterior.

Desempenho por indicadores

A ������Ƶobteve nota máxima em duas categorias: Água e Educação e Pesquisa. Em Educação e Pesquisa, foi a única instituição brasileira a alcançar a pontuação máxima, destacando-se por suas iniciativas de ensino e pesquisa voltadas à sustentabilidade.

A pontuação total da ������Ƶem 2024 foi de 8.825 pontos, com destaque para os seguintes indicadores:

• Água: 1.000 pontos (nota máxima)
• Educação e Pesquisa: 1.800 pontos (nota máxima)
• Energia e mudança climática: 1.650 pontos (2100)
• Resíduos: 1.575 pontos (1800)
• Transporte: 1.425 pontos (1800)
• Ambiente e infraestrutura: 1.375 pontos (1500)

Compromisso com o futuro

Para o reitor da UFLA, professor José Roberto Scolforo, o reconhecimento da ������Ƶcomo uma das universidades mais sustentáveis do mundo reflete um esforço coletivo e uma visão de longo prazo. “Quando idealizamos o Plano Ambiental, nosso objetivo era transformar a cultura da Instituição, integrando a sustentabilidade a todas as nossas práticas acadêmicas e administrativas. Este resultado não é apenas uma conquista, mas um compromisso renovado de continuar promovendo ações que busquem o equilíbrio ambiental, social e econômico. A ������Ƶtem a responsabilidade de inspirar outras instituições e contribuir, por meio da ciência e da inovação, para um futuro mais sustentável”, destacou.

O diretor de Meio Ambiente da UFLA, professor Gilberto Coelho, celebrou o desempenho da Instituição, destacando que os resultados são fruto de um trabalho coletivo e estratégico. “A ������Ƶcontinuará a desenvolver suas ações, mantendo a sustentabilidade como prioridade. Nosso objetivo é melhorar ainda mais os indicadores de Energia e Mudança Climática e Transporte nos próximos anos, buscando práticas cada vez mais sustentáveis.”

Com a evolução contínua em seus indicadores e reconhecimento internacional, a ������Ƶreafirma seu compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e consolida sua posição como uma referência global em sustentabilidade ambiental no ensino superior.

Destaque sustentado

Vale lembrar que a ������Ƶalcançou, pelo segundo ano consecutivo, a melhor colocação entre as universidades mineiras no ranking internacional de sustentabilidade QS World University Rankings: Sustainability 2025. Na edição de 2025, o ranking classificou 1.743 instituições de 107 países, sendo 42 delas do Brasil. A ������Ƶalcançou a 699ª posição no ranking geral, ocupando o 11º lugar entre as universidades brasileiras. Também teve destaque nos rankings específicos, alcançando a 544ª posição em Impacto Ambiental e a 310ª posição mundial em Governança. No contexto estadual, a ������Ƶconquistou o 1º lugar entre as oito universidades mineiras classificadas no QS Sustainability Ranking 2025. Confira a matéria completa do desempenho da ������Ƶno QS World University Rankings neste link

Os rios e córregos que abastecem as cidades enfrentam diariamente desafios relacionados ao descarte inadequado de esgoto doméstico. Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) procuram remover as impurezas e poluentes desse esgoto antes de lançá-los novamente nos rios; entretanto, esse tratamento pode não ser eficaz. É o que demonstra um estudo recente sobre a ETE do município de Lavras, realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia Aplicada da Universidade Federal de Lavras (UFLA), como parte de uma investigação realizada pela Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Civil a pedido do Ministério Público Federal.

A qualidade do esgoto doméstico, também conhecido como efluente, foi analisada em junho de 2023, em quatro pontos: antes de chegar à estação de tratamento, na montante ou direção contrária ao fluxo natural da água (P1) e na jusante ou sentido da correnteza (P2); na entrada da estação (P3) e na saída (P4), após o tratamento. 

Foram feitas diversas análises físico-químicas para medir a presença de substâncias poluentes como surfactantes (usados em detergentes), coliformes fecais (como a bactéria Escherichia coli) e nitrogênio amoniacal, além da concentração de oxigênio dissolvido na água, importante para a presença de vida aquática. Também foram realizados testes em plantas, sementes e pequenos organismos para avaliar os impactos dessas substâncias no meio ambiente.

A Diretoria de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente (DQMA) informa à comunidade universitária que a água turva que vem sendo observada nas torneiras e descargas de alguns pontos do Câmpus Lavras deve-se a um rompimento da adutora que liga o poço artesiano ao reservatório central de água da UFLA, ocorrido em 10/4. Durante o procedimento de manutenção dessa rede, que é subterrânea, houve entrada de sedimentos de solo, situação que normalmente ocorre durante a manutenção de tubulações de grande porte. Estando o reservatório central com um volume de água significativamente baixo devido a um vazamento anterior, ficou limitada a diluição dos sedimentos, o que intensificou a turbidez. O monitoramento está sendo feito e a situação já está se normalizando.

Para garantir a segurança das pessoas no câmpus, a DQMA adotou, imediatamente após o ocorrido, medidas como o aumento das concentrações de cloro, para eliminar quaisquer organismos patogênicos que pudessem estar presentes, bem como afixação de avisos nos bebedouros e o encaminhamento de solicitação ao setor de manutenção hidráulica para a realização do esvaziamento das caixas de água das edificações afetadas. Alguns bebedouros foram temporariamente interditados devido à estética desagradável da água, embora a proteção à saúde estivesse resguardada com a aplicação das doses adequadas de cloro.

A DQMA reitera o compromisso institucional em fornecer água de qualidade para toda a comunidade acadêmica em conformidade com os padrões de potabilidade, e solicita a todos que, ao identificar qualquer indício de turbidez na água, comunique imediatamente pelo número 3829-3103, para que possam ser providenciados procedimentos de drenagem e limpeza da caixa d’água do local, visando à melhoria da qualidade da água.

Na última sexta-feira (22/3) comemorou-se o Dia Mundial da Água e a data foi marcada por  uma semana de atividades, organizadas pela Diretoria de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente. A comunidade acadêmica e externa foram convidadas a conhecer as ações realizadas na Instituição, incluindo projetos e iniciativas para uma gestão sustentável da água, ressaltando a importância da responsabilidade de todos para esse bem em comum. No dia 22, além de atividades expositivas com a participação de núcleos de estudos e de pesquisa, a programação contou com  interações em atividades dinâmicas e atrativas para o público.

A engenheira química e coordenadora do Laboratório de Análises e Qualidade de Efluentes, Ana Elis Morais de Almeida relata: “Para este ano, entendemos ser uma ótima oportunidade estender o convite às escolas do município de Lavras, para que suas crianças pudessem conhecer o funcionamento da Estação de Tratamento de Água da UFLA, bem como se familiarizarem com a relevância do tema, visto que um dos principais objetivos para uma gestão hídrica sustentável é a manutenção da quantidade e qualidade para as gerações futuras. A Estação de Tratamento de Água recebe visitas de instituições  de educação, tanto de ensino básico como superior, há bastante tempo, e essa extensão fortalece o papel social da Universidade junto à sociedade.”

Texto e fotos: Nathália Martins - Bolsista Proat

Fotos ETA: Ivan José Ferreira Silva - Bolsista Proat

Nesta sexta-feira (22/3), Dia Mundial da Água, a Universidade Federal de Lavras (UFLA) publicou a , que define diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos recursos hídricos da UFLA. 

A diretora de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente (DQMA), professora Fátima Fia, explica que o documento “consolida algumas ações de gestão de recursos hídricos que a ������Ƶjá realiza, bem como institui metas e ações para o consumo consciente da água nos câmpus, a fim de assegurar a sustentabilidade desse recurso que é tão importante para todos”.

Entre as medidas previstas na portaria estão a promoção de campanhas educacionais de sensibilização e conscientização para o uso sustentável da água; a implantação de sistemas de monitoramento inteligente do consumo de água potável; a ampliação do sistema de aproveitamento de água de chuva, por meio da captação, armazenamento e distribuição de águas pluviais para uso não potável; e o incentivo a programas e projetos de reuso do esgoto sanitário tratado na ETE, com segurança sanitária.

A portaria normativa está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial com o ODS 6, que busca garantir a disponibilidade e gestão sustentável da água potável e saneamento para todos e tem o propósito de alcançar o acesso universal e equitativo de água potável e segura para todos, como parte da Agenda 2030 da ONU, que visa garantir a qualidade de vida das pessoas, proteger o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável em escala global, até 2030.

Para o reitor da UFLA, professor João Chrysostomo de Resende Júnior, “é uma felicidade publicar o documento no Dia Mundial da Água, um marco para a UFLA, uma universidade ambientalmente e socialmente correta, alinhada com esse e tantos outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados pela ONU. Este ato normativo é mais uma ação com o propósito de estruturar áreas realmente importantes e reflete o grande trabalho realizado nos últimos quatro anos para avançar ainda mais como universidade ambientalmente sustentável”.

Excelência na gestão das águas

A ������Ƶfoi a segunda universidade do mundo a receber o certificado Blue University. O reconhecimento é resultado de ações da universidade, tais como: reconhecer a água como um direito humano; promover seu consumo por meio de infraestrutura pública e gratuita; realizar a gestão da água de forma responsável; manter serviços de tratamento da água para consumo e de águas residuárias; cultivar parcerias para defesa do direito à água em nível internacional e desenvolver pesquisas sobre a gestão sustentável da água. 

O Selo Blue University não apenas reconhece as realizações da UFLA, como também destaca a importância das instituições de ensino superior no avanço da agenda global de sustentabilidade, especialmente no que diz respeito à gestão responsável dos recursos hídricos. Ao promover um modelo exemplar de comprometimento com a água, a ������Ƶcontribui para um futuro mais sustentável e equitativo para todos.

A Universidade também se destaca anualmente no GreenMetric World University Ranking. Em 2023, a ������Ƶse manteve como a segunda universidade mais sustentável do Brasil e foi a única da América Latina com a pontuação máxima na categoria Educação em Pesquisa. Na edição de 2023, a ������Ƶavançou na pontuação em relação ao ano de 2022, devido à categoria Resíduos, tema no qual que a instituição tem trabalhado de forma intensiva, para criar alternativas e reduzir os impactos no meio ambiente.

Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992, e é celebrado no dia 22 de março. Esta data desempenha um papel crucial na conscientização e na defesa da gestão sustentável dos recursos hídricos, além de servir como um lembrete anual da importância da água para a vida no planeta e destacar a urgência de proteger e conservar esse recurso precioso.

Para 2024, o tema definido pela ONU é “A água pela paz”, destacando a importância e essencialidade deste recurso, que pode ser motivo de conflitos quando seu acesso é negado ou partilhado de maneira injusta, mas que deve ser entendido enquanto ferramenta para a paz, visando à cooperação mútua entre comunidades e países para um mundo mais pacífico.

O tema de 2024 destaca a necessidade de valorizar e preservar a água como um recurso que une as pessoas em vez de separá-las, promovendo a solidariedade e a paz entre nações e comunidades. Celebrar o Dia Mundial da Água sob este tema é uma forma de reconhecer o papel fundamental que a água desempenha na promoção da paz e da estabilidade global, e de se comprometer a trabalhar juntos para garantir seu acesso justo e sustentável para todos.

No que diz respeito à saúde pública e à sustentabilidade ambiental, água e esgoto são pilares fundamentais e interligados: enquanto a água limpa e potável representa a própria existência humana, o tratamento adequado do esgoto é o contraponto que preserva sua pureza e evita contaminações. Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Tecnologias e Inovações Ambientais (PPGTIA) teve como objetivo caracterizar resíduos do tratamento preliminar da Estação de Tratamento de Esgotos da Instituição (ETE/UFLA), que ficam retidos já no início do tratamento, com o propósito de identificar possíveis formas de aproveitamento, em vez do descarte em aterros.

No dia 22 de março, celebramos o Dia Mundial da Água. Por isso, nesta semana, o programa Frequência ������Ƶrecebeu a equipe da Diretoria de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente da Universidade Federal de Lavras (DQMA/UFLA) para falar sobre a qualidade da água que consumimos no câmpus e sobre a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). Você sabia que toda água que sai da Universidade é anteriormente tratada para não poluir o Ribeirão Vermellho? Somente em 2023, a ETE realizou o tratamento de 42.346 m³ de efluentes, sendo que, desse total, 1.541 m³ foram destinados à irrigação no viveiro de mudas florestais da UFLA.

A Pró-reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Lavras (Proec/UFLA) publicou o edital da seleção de discentes da graduação interessados em participar da operação “Onça cabocla”, vinculada ao Projeto Rondon. As inscrições devem ser realizadas por meio de mensagem para projetos.proec@ufla.br até o dia 12/11, correspondente ao último dia para as inscrições.

Estão disponibilizadas para os estudantes dez vagas, sendo oito para titulares e duas para suplentes. O processo seletivo consistirá em entrevista presencial que ocorrerá no período de 13 a 17/11, e será agendada pelo e-mail institucional do candidato.

Podem concorrer à vaga os estudantes dos seguintes cursos: Administração, Agronomia, Administração Pública, Ciência da Computação, Engenharia Agrícola, Ciências Biológicas, Engenharia de Alimentos, Medicina Veterinária, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Civil, Engenharia Civil, Nutrição e Zootecnia. Ressalta-se, porém, que uma das vagas poderá ser preenchida por graduandos de qualquer curso. Além disso, o estudante interessado deverá ter concluído no mínimo 50% do curso até o fim do período 2023/2, e não ter participado de outra operação antes. 

Para mais informações,

Iniciativa busca monitorar qualidade e consumo em setores estratégicos do câmpus sede.

O professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Lavras (EEng/UFLA) Carlos Rogerio de Mello, em parceria com docentes da Universidade de Illinois (EUA) e do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento da Universidade de Bonn (Alemanha), participou como instrutor do Global Classrooms.

O Global Classrooms são cursos oferecidos pela Universidade de Illinois visando à participação de estudantes internacionais de vários países. A disciplina ministrada pelos docentes foi a , idealizada pelo professor assistente de pesquisa do Departamento de Engenharia Agrícola e Biológica (ABE/ UI) Jorge Guzman. O professor Carlos Mello falou sobre o processo chuva-vazão; zona vadoza; pegada hídrica e secas meteorológicas.

Os estudantes envolvidos no projeto trabalharam para resolver problemas globais relacionados à quantidade e qualidade da água. As aulas foram on-line durante duas vezes por semana, de janeiro a maio de 2022. Durante a primeira metade do curso, foi feita a exposição teórica; posteriormente, os participantes trabalharam em seus projetos de grupo, entre eles o de “Avaliação dos efeitos das secas na geração de energia hidrelétrica no reservatório de Furnas”. Ao todo, 18 pessoas concluíram o curso, sendo seis estudantes de Illinois, dois do Brasil e dez da Alemanha.

O professor Carlos conheceu o professor Jorge Guzman em um  seminário sobre internacionalização realizado pela Diretoria de Relações Internacionais da ������Ƶem março de 2019. No último mês de maio, o docente da ������Ƶesteve na Universidade de Illinois para finalizar o curso e discutir a continuidade da parceria. “Estamos planejando, para agosto de 2023, uma nova turma, uma vez que fomos bem-sucedidos com a oferta dessa disciplina e o departamento de Engenharia Agrícola da UI quer que isso seja feito. Esperamos ter a participação de estudantes da ������Ƶnessa oferta”.

Nesse dia 22 de março, comemora-se o Dia Mundial da Água. A data é marcada por discussões e reflexões acerca do uso consciente da água e a proteção e preservação de nascentes, rios e cursos d’água.  

Na UFLA, a 2ª no mundo reconhecida como Blue University pelo movimento global Blue Community (Projeto Comunidades Azuis), do Council of Canadians, diversas pesquisas que promovem a redução do consumo, a despoluição e o uso adequado são realizadas. Vamos relembrar algumas delas já publicadas: 

Artigo do Programa de Pós-graduação em Recursos Hídricos é destaque em revista científica da Universidade de Oxford

O artigo intitulado “Spatial and Temporal Patterns in Carbon and Nitrogen Inputs by Net Precipitation in Atlantic Forest, Brazil“, de autoria de discentes e docentes do Programa de Pós-graduação em Recursos Hídricos da Universidade Federal de Lavras (PPGRH/UFLA), foi destaque na capa da revista “Forest Science”, da Universidade de Oxford, edição de fevereiro de 2022. De autoria dos pós-graduandos Vanessa Alves Mantovani, Marcela de Castro Nunes Santos Terra, André Ferreira Rodrigues, Vinicius Augusto de Oliveira, Luiz Otávio Rodrigues Pinto e do professor Carlos Rogério de Mello, o artigo publicado na revista consiste em uma pesquisa que visa quantificar a precipitação que atravessa o dossel da floresta nas entradas de carbono e nitrogênio no solo.

Os resultados obtidos mostraram que a interação chuva-floresta é responsável por fornecer constantes entradas de carbono e nitrogênio para o solo da floresta, principalmente na estação chuvosa (75%).  Por meio desta pesquisa é possível melhorar o entendimento dos processos de deposição, lixiviação e absorção de carbono e nitrogênio pela vegetação e do papel das florestas tropicais, inclusive de pequenos remanescentes florestais, no ciclo hidrológico e de nutrientes. 

Com o uso de bactérias, pesquisadores do DBI removem compostos tóxicos da água

Nocivos à saúde e ao meio ambiente, metais pesados, como chumbo e cádmio, estão na água aparentemente pura e cristalina que chega às torneiras. Originados do esgoto industrial, de mineradoras e de atividades agropecuárias, despejados em mananciais destinados ao consumo humano, atravessam estações de tratamento que adotam processos ineficientes de remoção de alguns compostos. Com um procedimento barato e seguro, uma pesquisa do Departamento de Biologia (DBI) da Universidade Federal de Lavras (UFLA) removeu metais pesados da água com o uso da biomassa das bactérias.

Em laboratório, seis microrganismos foram testados até encontrar a espécie mais eficiente para a remoção dos metais pesados em efluentes líquidos: a bactéria Serratia marcescens.  Com o estudo, em parceria com a universidade portuguesa do Algarve, pesquisadores retiraram todo o chumbo encontrado na água, 50% de cádmio e 15% de zinco.

Estudo desenvolvido na ������Ƶcontribuiu para transformar coleta de água mineral na fonte em patrimônio cultural e imaterial de Caxambu

O ato de coletar água mineral nas fontes de Caxambu, no sul de Minas Gerais, tornou-se patrimônio cultural e imaterial do município, em uma iniciativa inédita no Brasil. Essa foi a primeira vez que a prática de coletar água nas fontes ganhou esse status. Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Lavras (PPGA/UFLA) contribuiu para que a prefeitura do município tomasse a iniciativa. Aliada a estudos da Diretoria de Cultura da cidade, a pesquisa estimulou a Secretaria de Turismo a propor o registro. A tese de doutorado do pesquisador Lucas Canestri de Oliveira analisou a coleta de água na fonte como prática cultural em três municípios do Circuito das Águas (Caxambu, Lambari e Cambuquira). Verificou-se que essa prática reflete consensos sociais herdados culturalmente. O estudo demonstrou o quanto esse ato está carregado de saberes, valores e consensos sociais construídos ao longo do tempo.

Estudo mostra como os cursos d'água e seu entorno foram modificados na área urbana de Lavras

O desenvolvimento das cidades, ao longo dos séculos, concentrou-se principalmente em locais com abundância de água; com isso, áreas próximas a rios e córregos sofreram ocupações irregulares em suas margens. Atualmente, leis ambientais mais rígidas quanto à proteção de recursos hídricos geram preocupação para autoridades sobre o uso desses locais, chamados de Áreas de Preservação Permanente (APP), pois, como explica o pesquisador Rafael de Brito Sousa, do Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a ocupação desses vales contribui para o processo de degradação dos corpos d'água, que pode levar, por exemplo, a inundações recorrentes. A pesquisa de Rafael, intitulada The trajectory of urban river landscapes and multifunctionality: case study analysis of a French city (Angers) and a Brazilian city (Lavras) - Trajetória da paisagem e multifuncionalidade dos rios urbanos: um estudo de caso da cidade francesa de Angers e da brasileira, Lavras -, teve orientação da professora Patrícia Duarte de Oliveira Paiva, da Escola de Ciências Agrárias da UFLA.

Sistema desenvolvido pela ProcEQ Jr. reduz em até 50% o consumo de água na lavagem do café

A ProcEQ Jr. Consultoria e Soluções em Engenharia Química, empresa júnior da Universidade Federal de Lavras (UFLA), desenvolveu um sistema de reaproveitamento da água de lavagem do café que possibilita uma redução de até 50% no consumo diário das propriedades produtoras. A economia, no período de alta operação, em uma fazenda de aproximadamente 6.400 hectares - porte da propriedade para a qual o sistema foi inicialmente projetado - pode chegar a 60 mil litros de água por dia, quantidade suficiente para suprir as necessidades de 20 mil brasileiros.

A implantação do sistema pode ser realizada tanto em pequenas quanto em grandes propriedades. A relação custo/benefício é considerada positiva para o cliente, já que a tecnologia torna a produção mais sustentável, além de melhorar a qualidade do café do produtor. O projeto tem rápido retorno e um investimento de baixo custo.

Microplásticos: estudo pioneiro da ������Ƶpode contribuir para a identificação desses poluentes em água doce

Os microplásticos são partículas invisíveis dos polímeros sintéticos popularmente conhecidos como plásticos. Componente de garrafas, sacolinhas e outros objetos, esse material de vida útil muitas vezes curta pode ser descartado incorretamente no meio ambiente e demorar centenas de anos para se decompor. Com menos de 5 milímetros, esses microplásticos vão parar em cursos d’água e chegam até os oceanos. Como os estudos são iniciais no Brasil, ainda não há uma metodologia padrão para coleta de amostras de microplásticos em rios, e foi esse o objetivo da pesquisa de mestrado em Tecnologias e Inovações Ambientais de Beatriz Souza. “Observamos alguns trabalhos identificando microplásticos em áreas litorâneas e tivemos a ideia de identificar esses microplásticos em cursos de água doce. Por isso, começamos a desenvolver uma metodologia para coleta e separação desses materiais em laboratório, para identificarmos o que está sendo encontrado, abrindo assim a possibilidade para estudos futuros”, diz a professora Camila Silva Franco, da Escola de Engenharia (EEng/UFLA). O curso d’água utilizado para a coleta é o Ribeirão Vermelho, que tem sua maior extensão na zona urbana de Lavras e deságua no Rio Grande. 

Aplicativo desenvolvido por estudante moçambicano dimensiona sistemas de irrigação por gotejamento na África

O software EasyDrip, desenvolvido pelo estudante da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Fidel Luis Rodrigues Tambo, dimensiona sistemas de gotejamento que operam com água bombeada por energia solar, seja de poço, reservatórios ou córregos. O projeto, orientado pelo professor Luiz Antônio Lima, foi apresentado na centésima defesa do Programa de Pós-Graduação Recursos Hídricos em Sistemas Agrícolas.

A principal característica do software é a seleção da localidade no mapa de Moçambique e a identificação das variáveis climáticas do local, que incluem a perda de água do solo, informações sobre a quantidade de água que a planta precisa e a radiação solar disponível para bombeamento com energia solar.

Muitos extensionistas adotam sistemas de irrigação que são empregados em outras localidades, mas é preciso levar em consideração a região. O EasyDrip apresenta dados de forma automática; o bombeamento é feito por energia solar, e a prioridade são áreas sem energia elétrica. 

Água, energia e alimento: conectados em busca de equilíbrio

Já parou para pensar numa situação em que a água em nosso país estivesse acabando, ou em que a quantidade de alimentos disponíveis não atendesse a toda a população e os meios de produção de energia se esgotassem? Como sobreviveríamos? Será que sobreviveríamos?

Água, energia e alimento são gerenciados hoje no Brasil de forma separada, mas eles estão mais conectados do que nós imaginamos. Pesquisadores da UFLA, em parceria com o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), de Nazaré Paulista (SP), estudam os efeitos que os recursos água, energia e alimento geridos em conjunto podem trazer à sociedade. Para a pesquisa, eles utilizam uma abordagem denominada Nexus, já utilizada em alguns países; porém, no Brasil, é uma ação pioneira e inovadora.

Pesquisa demonstra eficiência da ETE da ������Ƶna remoção de microcontaminantes do esgoto

Todos os dias, milhões de microcontaminantes são jogados nos esgotos. Essas substâncias são secretadas do nosso corpo, como no caso de hormônios e medicamentos, ou provêm da fabricação e uso de produtos de limpeza, de higiene pessoal, da produção de plásticos, de pesticidas, entre outros, e podem causar danos à saúde humana e animal, ainda que em baixíssimas concentrações. De acordo com a professora da Escola de Engenharia (EEng) Fátima Resende Luiz Fia, nas estações convencionais é realizada a remoção da matéria orgânica, nitrogênio, fósforo e organismos patogênicos, e não há muita preocupação quanto aos microcontaminantes, já que no Brasil ainda não há uma norma que regule o lançamento dessas substâncias em corpos d’água. Por isso, a pesquisa de mestrado da técnica da Diretoria de Meio Ambiente da ������ƵDébora Fialho avaliou se a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE- UFLA) seria capaz de remover esses micropoluentes.